segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Pedal Fanáticos - Cachoeira em Rachadel


É isto galerinha.

O ano começou, e com ele uma nova definição de:

“pedalzinho tranquilo, póficatranquilo, só pra gente dar risada”: aquele em que não ocorre nenhum fato ou evento fora do normal, como quedas, ataques de onças, deslizes repentinos. Não serve de prenúncio de pedal light.

“índice cabritinho”: o índice cabritinho diz respeito pura e simplesmente à altitude máxima alcançada, não servindo de referência pra elevação acumulada.

UHAHUAUHAUHAUHAUHUHA

Pedal light, pedal light.  Pedal light é o baralho.



Saimos em 5 (Poletto, Lamin, Jeronimo, Maicon e eu) da praça de Antônio Carlos, em direção à Rachadel por um asfaltinho beeeem tranquilo, ritmo beeeem de boa, pra acompanhar o amigo que so treinou alterocopismo nas férias.

Já de cara, 500 metros pedalados e parada básica pra conferência sobre o funcionamento do GPS (hehehehe); finda a consulta, seguimos o track feito à mão, ouvindo a historia de como o Maicon instalou a máquina de lavar roupas nova, comprada pra casar (“Ei, tu não escreve nada sobre isto aí, senão a Luiza já vai começar a me incomodar pra casar, tá?”) entrando á esquerda onde indicado e me chateando pelo fato de uma estradinha tão bonita já ter sido asfaltada (acho que a ultima vez que passei ali foi em 2008 numa corrida do Valmir Carvalho), e logo o GPS indicava outra quebrada, agora à direita, que dava de cara na cerca  de uma casinha; mais um fórum, e seguimos o instinto, que nos mandava ir por outro lado, vendo então que tínhamos acertado a mão. Logo o GPS berrou que tinha encontrado o percurso, e algum engraçadinho no pelote berrou: “alguém me ensina a usar o XEPEESSE? Eu tô perdido aqui em cima, néne.”. Vai vendo...hehehe

Seguimos o rumo então, confiantes que “agora sim, agora tamo certo”. Deu nem tempo de acabar a frase, e o visual dos morros nos mostrou que havia a possibilidade de não ser assim tão light quanto o prometido no chamado. O lugar era demais, bonito pacas, a estradinha sombreada pela copa das arvores, tudo muito bucólico, riozinho correndo, vaquinhas pastando, nem cães havia hoje lá. Tava tudo perfeito.

Quer dizer, TAVA.

Aos poucos, a beleza do lugar foi sumindo. Começou pelas árvores grandes, sombrosas, que nos ofereciam proteção do Sol forte, passou pra estrada, que deixou de ser macia e tornou-se arenosa, sobretudo nas curvas, e culminou creio que numa subida das mais longas e íngremes já pedaladas por nós. Mas era força de subida. O visual era bonito, em algumas curvas podíamos ver o vale sumindo láááá embaixo; numas das subidas perguntei a um senhor que tava num galpão:

·         Sr, falta muito pra cachoeira?
·         Heeeinnn?
·         Falta muito pra cachoeira?
·         Ah, falta um montão, vocês tão quase na metade da subida já.

Por sorte os escaladores pararam na curvinha com sombra pra esperar os últimos, tomar uma água, refrescar a carcaça. Alguem disse:
·         Ta vendo aquela estradinha lááá em cima? Acho que nós vamos passar por ela.
Outros retrucaram:

·         Tu ta maluco? Nos estamos indo pra esquerda, como que tu quer passar lááá em cima, na direita? Bebesse? Olha quanto a gente teria que subir....

E tocamos pra frente, ou melhor, pra cima. Mais um bocado de subida, paramos noutro ponto com sombra pra esperar o radiador baixar a temperatura, e outro alguém diz

·         “É, acho que nós vamos passar lááá em cima mesmo”, provocando risos da galera.


Era mais um monte de subida, e agora sim um visual matador de todo o vale. Depois disto tudo chegamos ao cume, onde 2 moradores arrumavam um mata-burro, e o Maicon e o Jeronimo, do alto de suas vontades de fazerem amigos, puxaram papo até a galera chegar. Quando um dos 3 sobreviventes chegou, ouviu um sonoro “com esta graxa toda ai?”, e a risada correu solta.  




Algumas informações e risadas, e continuamos o trajeto, faltava pouco pra tal cachoeira. Fizemos uma trilhinha indicada pelos moradores, single track caminho do gado, onde haveria um visual matador com direito a ver o mar e tudo. Uma queda impressionante do Lamin quase se esparramando num monte de adubo recém extraído da D. Mimosa (o mesmo Lamin já havia encagaçado o pé todo no morro), e fomos até a cachoeira.









O desbravador Lider Selva encontrou um pico acima de onde estávamos, onde havia uma “lagoa”, e todos foram tirar a inhaca da subida. Água gelaaaada e transparente, coisa linda, local show de bola (isto sim é mountain-bike).

Na volta, como não podia deixar de ser, foi aquela pauleira na descida e depois pedalzinho ritmado no asfalto pra chegar logo num boteco, o mais rápido possível, antes que o Geléia derretesse.

Após 36 km de pedal num ritmo tranquilo, mas num nível pesado pós férias, saímos de lá com a sensação de dever cumprido e de que 2013 nos proporcionará váááários pedais divertidos.

Era o que tinha pra hoje, e sábado que vem tem mais.

Altimetria:
Acumulado: 736
Maximo: 579



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